quinta-feira, 17 de julho de 2014

Observemos como a natureza age expontaneamente para recuperar uma área degradada. Imaginemos uma área que sofreu uma queimada após anos e anos de monocultura. O solo todo preto com todas as espécies vegetais mineralizadas (carbonizadas). Após algum tempo algumas sementes disseminadas pelo vento, brotam no local após uma chuva...As plantas que colonizam primeiro uma área são as pioneiras: várias espécies de herbáceas forrageiras, algumas gramíneas em sua maioria plantas medicinais para a terra e para o homem que estão doentes. Após essa etapa sucede-se uma segunda etapa de recuperação ambiental: continuam sendo espécies disseminadas pelo vento só que agora com um porte um pouco maior: ao invéz de forrageirras vem as arbustivas, como a vassoura... Agora os pássaros tem onde pousar, trazendo sementes que passam pelo seu trato intestinal saindo com as fezes e proporcionando um verdadeiro viveiro sob as vassouras: araçá, goiaba, lantana, capiroroca, etc. Após o crescimento dessas espécies que já atingem um porte razoável de até 4 a 5 metros , já estamos com vegetação secundária em estágio avançado de recuperação a caminho para a mata clímax, onde já existe a presença de pássaros de porte maior disseminando sementes de maior porte em suas fezes, como as palmeiras e diversas frutíferas nativas. Agora com a mata clímax já temos um ambiente “bombando” biologicamente: muita biodiversidade vegetal e animal, com suas interdependências de manutenção da vida. A presença do homem pode acelerar em muitos anos a recuperação de uma área degradada, plantando espécies vegetais pioneiras já de porte arbóreo, pulando as etapas de sucessão vegetal das forrageiras e arbustivas. O homem que degradou tanto o meio ambiente pode ser o maior agente para recuperar as áreas degradadas, com sistemas de manejo biologicamente corretos, produzindo alimentos orgânicos e incrementando a biodiversidade.

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